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Foto do escritorCanal Sonho Grande

Flávio Augusto da Silva: A História do Bilionário Brasileiro

Atualizado: 8 de ago.

Quem é Flávio Augusto


A história de Flávio Augusto da Silva é muito inspiradora. O empresário tem uma fortuna estimada de R$ 1,3 bilhão e foi dono de um time de futebol dos EUA, o Orlando City Soccer Club.


Foi fundador também de uma das maiores redes de escolas de inglês do Brasil, a Wise Up, e inspira milhares de pessoas através das redes sociais compartilhando seus conhecimentos de negócios e de vida.


Flávio Augusto é sem dúvidas um dos maiores empresários brasileiros. Mas para quem vê apenas parte da história não imagina todos os obstáculos que ele teve que superar ao longo do caminho para chegar até aqui.


Nesse post vamos contar a história de Flávio Augusto, um dos homens mais ricos do Brasil, e falar de alguns momentos em que teve que tomar decisões que poderiam mudar completamente o rumo da sua vida, e que certamente podem ajudar você a perceber quando estiver passando por momentos similares para tomar a melhor decisão possível. Então não deixe de ler até o fim!


Esse texto foi feito com base no Livro Ponto de Inflexão. Além dele, recomendamos muito a leitura dos livros "Geração de Valor", uma série de livros escrita pelo Flávio Augusto.


Esses livros exploram temas relacionados ao empreendedorismo, desenvolvimento pessoal, motivação e sucesso nos negócios. Flávio Augusto compartilha suas próprias experiências como empreendedor e insights sobre como alcançar o sucesso nos negócios e na vida.

Colégio Naval


Flávio Augusto da Silva morou na periferia do Rio de Janeiro. Quando jovem tinha o desejo de ser oficial da Marinha, por ser uma carreira estável, segura e de boa remuneração.


Para se preparar para a prova da escola naval, a qual era realizada no Maracanã com milhares de candidatos, Flávio andava em ônibus lotados e levava 3 horas e meia todos os dias para chegar até o cursinho preparatório.


Flávio Augusto foi aprovado apenas no terceiro ano, já com os vizinhos o chamando de coitado porque não conseguia passar nos concursos e já havia “perdido” dois anos letivos, Flávio se esforçou como nunca e conseguiu ser aprovado.


Naquele período, viu que alguns amigos que foram reprovados e desisitiram, também desistiram outras vezes de seus projetos em suas vidas quando esbarraram em dificuldades. No caso dele, ao ser aprovado em sua terceira tentativa, viu que a dedicação extrema e perseverança valeram a pena.


No Colégio Naval, Flávio Augusto não conseguiu se adaptar a hierarquia, as rotinas e padrões da instituição. Ao chegar ao final do 2º ano, após receber algumas punições ao longo do caminho, a Marinha o convidou a se retirar do Colégio Naval.


Em 1990, iniciou seus estudos na Universidade Federal Fluminense, Em Niterói no Rio de Janeiro.


O começo da paixão pelo empreendedorismo


Logo em seguida, Flávio Augusto começou a descobrir sua paixão pelo empreendedorismo. Começou a vender relógios para conseguir pagar o sorvete e cinema de sua namorada, a Luciana, e começou a refletir sobre “Como alguém passa o dia inteiro trabalhando numa empresa para ganhar um salário cheio de descontos no final do mês, se eu ganho mais do que isso apenas vendendo relógios?”.


Depois conseguiu um emprego em uma escola de inglês, onde começou a trabalhar como vendedor. Apesar de no início não receber salário, ter que inclusive pagar pelas passagens de ônibus, alimentação e fichas telefônicas, manteve o foco no atingimento das metas agressivas da empresa para que fosse promovido e recebesse um salário muito acima da média do mercado. Flávio foi promovido e conseguiu realizar um dos seus sonhos na época: casar com sua namorada Luciana.


Quando Flávio Augusto quase trabalhou em uma multinacional


Apesar de ter sido promovido 3x nos 6 primeiros meses na empresa, Flávio Augusto entrou em uma fase ruim, seus resultados começaram a cair e foi persuadido pelo seu tio a trabalhar em uma grande multinacional.


Estava decidido e tinha bastante encaminhada a sua contratação. Mas antes de ser efetivamente contratado, Flávio teve uma entrevista com o gerente geral da filial do Rio de Janeiro, o qual queria conhecê-lo antes.


Na entrevista o Sr. Adilson perguntou a ele por que queria trabalhar ali. Flávio Augusto demonstrou todo seu desejo de trabalhar na empresa, mas logo o Sr. Adilson comentou que ele estaria regredindo de carreira e que não fazia sentido aquela decisão.


Flávio insistiu muito que queria estar ali, mas o Sr Adilson tomou uma decisão que mudou diretamente o rumo da sua vida, ele decidiu não contratá-lo, dizendo que ele chegaria no máximo a sua posição, daqui a 30 anos, algo que não recomendava.


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A experiência na Venezuela


Em 1993, com apenas 21 anos, foi promovido a diretor comercial e recebeu uma proposta para abrir uma escola da rede na Venezuela. Em uma época em que o país era excelente. Flávio Augusto e Luciana toparam o desafio.


Depois de terem atingido mais de 120 alunos matriculados, Flávio Augusto teve seu carro roubado e sua escola havia sido arrombada e todos os equipamentos roubados.


Nos meses seguintes trabalharam muito e tiveram ótimos resultados. Apesar disso, a empresa requisitou que retornasse ao Brasil e assumisse como diretor regional.


Abertura da Wise Up


A experiência de começar um negócio do zero foi fundamental para que Flávio Augusto observasse o negócio com uma visão além da comercial. No Brasil, começou a notar que a retenção dos alunos deixava a desejar devido a qualidade do produto.


Ao perceber que os donos da empresa não demonstravam interesse em mudar o produto, Flavio Augusto e Luciana, juntamente com um amigo, decidiram iniciar sua própria escola de idiomas, a Wise Up. Logo após pedir demissão de sua empresa, o amigo de Flávio, o qual teria uma participação muito importante no capital inicial da empresa, acabou desistindo do negócio.


A solução foi fazer um acordo para aumentar o limite do cheque especial de R$ 5 mil para R$ 10 mil seu e da Luciana, com juros de 12% ao mês! Por mais que fosse uma situação longe da ideal, era o que tinham para iniciar a Wise Up.


Quando Flávio Augusto quase quebrou


Os primeiros três anos foram um sucesso. Inauguraram 24 escolas, uma média de uma nova escola própria a cada 45 dias.


Flávio Augusto então decidiu contratar uma consultoria para ajudar a reformatar os processos e implantar um sistema de gestão que ajudasse a gerenciar melhor o que tinham.


Com a empresa em grande expansão os custos fixos cresceram muito rápido e a receita não acompanhou a tendência esperada. Quando perceberam estavam sem caixa para pagar a folha de pagamento.


Por mais que Flávio Augusto e Luciana tenham conseguido sair dessa situação, o empresário entendeu que, por um momento, se tornou um burocrata e esqueceu o que levou a empresa até aquele patamar.


Ele aprendeu algo muito importante com essa experiência: quando acertamos, as pessoas que estão ao nosso lado são beneficiadas com nossa vitória. Por outro lado, quando cometemos erros sérios em nosso caminhos, os que estão ao nosso lado também pagarão o preço.



O desafio da gestão a distância


Em 2005, Com o desejo de maximizar o valor da empresa, Flávio Augusto chegou a conclusão que precisava provar ao mercado que a Wise Up tinha um valor que não era dependente da sua atuação direta.


Assim, viu como a melhor solução se afastar e morar em outro país, ele e sua família então foram para a Austrália.


Tudo estava muito bem nos 7 primeiros meses, mas logo em seguida a performance começou a dar sinais de enfraquecimento e decidiu voltar ao Brasil.


Entre 2007 e 2009 a empresa abriu 100 novas escolas, dobrando de tamanho. Com um time bem mais consolidado, viu como um nova oportunidade de colocar seu plano de gestão a distância em prática.


Assim, no fim de 2009 decidiu ir morar em Orlando no EUA. Desde que se mudou para Orlando até 2013 a empresa dobrou novamente de tamanho. O que resultou na venda da empresa em fevereiro de 2013 para um grande grupo de educação brasileiro por R$ 1 bilhão.


Quando Flávio Augusto recusou ofertas de R$ 200 milhões e R$ 700 milhões


Em 2008, Carlos Wizard, Fundador da rede Wizard, decidiu fazer uma proposta pela Wise Up de R$ 200 milhões. Flávio Augusto pediu um mês para tomar a decisão, porque ele queria ter convicção absoluta que tomaria a decisão correta.


Um fato ocorreu naquele mesmo mês que pesou ainda mais a situação. Como pessoa física, Flávio Augusto perdeu R$ 12 milhões dos R$ 15 milhões que possuía devido a crise de 2008.


Mesmo com essa situação, não aceitou a proposta dos R$ 200 milhões, pois queria aprender mais sobre o Equity, e avaliar outras possibilidades. Daquele ponto em diante, várias outras propostas chegaram, sendo a principal a de um fundo que avaliava a empresa em R$ 700 milhões, o qual queria comprar 30% da empresa.


Flávio Augusto também não aceitou a proposta devido a alguns pontos que surgiram ao longo da negociação que o desagradaram.

Dois meses depois, uma proposta irrecusável surgiu: de R$ 990 milhões, e além disso, como sócio teria um grande banco brasileiro e a presença de um outro grande grupo, a Abril Educação. Assim, em 2013, Flávio Augusto aceitou a proposta e vendeu a Wise Up por quase R$ 1 bilhão!


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Geração de Valor (GV)


Em 2015, a Cia de talentos fez uma pesquisa com 67.976 jovens brasileiros, fazendo a seguinte pergunta: Qual o líder mundial que você mais admira? A pergunta era extremamente ampla, e qualquer pessoa poderia ser citada. Os 5 nomes mais citados foram:

  1. Barack Obama

  2. Flávio Augusto da Silva

  3. Bill Gates

  4. Papa Francisco

  5. Jorge Paulo Lemann

Com certeza não se passava da cabeça do Flávio que um dia seria mais lembrado do que o papa, mas foi o que aconteceu. Tudo isso pelo grande trabalho que começou em 2011 com o projeto Geração de Valor (GV).


O projeto tinha o objetivo de fazer as pessoas pensarem e refletirem sobre o modelo padronizado apresentado pela sociedade. Ele queria que as pessoas enxergassem que a vida era muito mais do que a CLT e que existiam outras formas de vida, entre uma delas, empreender.


Assim, Flávio começou a compartilhar sua experiência na gestão de pessoas e em negócios a fim de mostrar ao brasileiros que empreender poderia ser uma ótima alternativa.


Foi o simples fato de decidir retribuir e trabalhar voluntariamente, seja dentro das redes sociais (@geracaodevalor), escrevendo livros como Ponto de Inflexão e Geração de Valor (GV), realizando palestras e doando seus recursos para projetos sociais que fez toda a diferença na vida de inúmeras pessoas.


Quando Flávio Augusto comprou o Orlando City


Logo que foi para os EUA, Flávio Augusto acompanhou seu filho Brenno nos torneios de futebol que participava. Ele ficou impressionado com o enorme envolvimento dos pais com seus filhos.


Começou a pesquisar bem mais a fundo aquele mercado. Teve acesso a todos os perfis de quem consome esportes nos EUA e, com números bem detalhados em mãos, percebeu que todos os dados sobre futebol comprovavam uma grande tração.


Flávio Augusto já tinha o desejo de comprar um time de futebol e viu como uma oportunidade iniciar no sudeste dos EUA, onde não havia sequer um clube na MLS (Major League Soccer).


Flávio Augusto se interessou pelo Ornlando City, mas viu que teria que ter um aporte de aproximadamente R$ 200 milhões entre aquisição do clube, estádio, implantação e investimentos para se tornar acionista da liga. Apesar da dificil decisão de tirar ou não R$ 200 milhões de seu bolso, topou prosseguir com o negócio e Flávio Augusto comprou o Orlando City.


O interessante é que o timing de grande explosão do soccer nos EUA se confirmou, o que valorizou muito o investimento feito.



O retorno e a criação da Wiser Educação


Após vender a Wise Up em 2013, Flávio Augusto passou a acompanhar a empresa de longe. Com a morte do fundador e controlador do Grupo Abril, Roberto Civita, o grupo não quis dar mais continuidade aos negócios e vendeu a empresa para um Fundo.


No final de 2015, Flávio foi procurado pelo fundo que era proprietário da Wise Up. Ele já havia mencionado 1 ano antes que teria interesse de comprar novamente a empresa. E foi o que ocorreu, o fundo queria focar na educação infantil enquanto que a Wise Up era focada para o público adulto. Assim, Flávio recomprou a empresa que fundou por R$ 390 milhões.


Flávio Augusto retomou a empresa em uma situação bastante ruim. Flávio juntou sua equipe e deram início ao turn around da empresa.


Aliado a melhoria dos resultados, Carlos Wizard, antigo concorrente que vendeu a Wizard em 2013 a um grupo britânico, tornou-se sócio da empresa, comprando uma parcela de 35% por R$ 200 milhões, criando assim, a Wiser Educação.


Não fique acomodado


Flávio Augusto mais uma vez poderia ter se acomodado e evitar dor de cabeça, mas foi decidindo exatamente o oposto disso que ele conseguiu escrever mais uma história de sucesso.


Muitas pessoas perguntam para o Flávio como é ter chegado lá, a resposta dele é que na verdade não chegou a lugar algum. Ele destaca que sempre buscou recomeços e sair da sua zona de conforto.


Foi exatamente esse tipo de pensamento que o possibilitou criar diversos negócios de sucesso, realizar seus sonhos e a viver momentos inesquecíveis, como fazer um jogo amistoso com o seu clube, Orlando City, com o Flamengo, seu time de coração, no aniversário de 100 anos do clube no Maracanã.


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